domingo, 2 de janeiro de 2011

Silêncio Coagído

Muitos estão jogados nas ruas
Esperando o acaso que vier
Jovens com armas e sem ideais
São indigentes nos hospitais

Pois falta voz, mas sobra grito
Num silêncio coagído
O lado que a corda arrebenta é sempre o lado do oprimido.

Muitos estão perdidos no mundo
Esperando a esmola que vier
Mortes são capas em todos os jornais
O respeito não existe mais

Pois falta voz, mas sobra grito
Num silêncio coagído
O lado que a corda arrebenta é sempre o lado do oprimido.

Um comentário:

  1. "café requentado.
    (rápidos engolem fast-food)
    generosos visam
    as crescentes flutuações do câmbio.
    enquanto o não-farto
    requenta o pão-quarto
    com salame (se come)
    e sonhando dorme.

    a moenda esmaga
    a cana plantada
    em terra de gerente,
    capitães, banqueiros
    sultões...
    meus pêsames
    ao pequeno mundo
    de tantos cidadãos-menos.
    gado-gente. sub-servis.
    ônus. o povo sem lugar marcado na economia do mercado. "


    sua poesia, se ainda não é, cairia bem numa música!

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